Gen V | 1 Temporada – Crítica

Se você ainda não se cansou de toda a violência vista em The Boys, em Gen V a Amazon Prime Video continua ampliando o universo de uma de suas melhores produções. Entre a infinidade de séries que a Amazon vem lançando no Prime Video ao longo dos anos, acho que ninguém duvida que The Boys é um de seus maiores sucessos. Com três temporadas já lançadas e uma quarta já filmada, seu universo é ampliado com o lançamento de “Gen V”, seu primeiro spin-off. Confira também: A Queda Da Casa De Usher | Outro ótimo trabalho de Mike Flanagan Um dos grandes atrativos da ‘Geração V’ para os fãs de ‘The Boys’ é que sua história corre paralela à da 4ª temporada, mas já aviso que a série liderada por Michele Fazekas e Tara Butters não vai dar grandes detalhes do que os espera pela frente. Sim, existem ligações óbvias e várias participações especiais, mas aqui os responsáveis ​​​​focaram-se em dar-lhe uma entidade própria dentro deste universo. É evidente que em The Boys o sistema daquela sociedade está completamente corrompido, mas até agora tudo estava orientado para a oposição entre os seus personagens. Sim, houve algumas mudanças de lado, mas no geral tudo é preto ou branco apesar de alguns se apegarem à impossibilidade de uma possível redenção. Aqui ele promove o mistério em torno do que realmente está acontecendo naquela universidade de super-heróis, tecendo a trama em torno disso, mas sem nunca esquecer a importância de seus personagens terem um gancho para que Geração V funcione além do que desejamos. Encontrando seu espaço Aí é verdade que o peso se distribui entre vários personagens, mas também que quem se destaca dos demais é Marie, uma recém-chegada a Godolkin que sofreu uma experiência trágica quando seus poderes apareceram e que em breve verá como seu sonho de se tornar uma super-heroína toma um rumo inesperado. Jaz Sinclair, que conhecemos de “O Mundo Sombrio de Sabrina”, joga bem com as contradições da personagem e sua função como principal referência dramática é um sucesso. Claro que, como já referi, existem outras personagens importantes na história, através das quais se ampliam as ramificações do mistério, mas não são utilizadas apenas para esse fim. Afeta também a rivalidade para se destacar dentro do Top 10 elaborado pela própria universidade ou pelo simples fato de as motivações de todas elas não irem na mesma direção. Dessa forma, Gen V oferece um retrato variado e atraente que em nada deixa a sensação de ser um complemento descartável ao universo The Boys. Ouça o Podcast: Only Murders in the Building | Temporada 3 A isso acrescentamos um estilo muito parecido com The Boys, o que significa que você encontrará doses generosas de sangue e violência, e um toque característico na hora de usar o humor e sua ousadia na hora de mostrá-lo visualmente em vez de brincar com o poder da sugestão. Aqui a sutileza não tem lugar, e temos um bom exemplo disso na cena em que a fantasia sexual de um personagem se torna realidade. Ouso dizer com prazer que Gen V é melhor que a 3ª temporada de The Boys. Claro que existe um grande esforço para um calibragem perfeita desse grande produto, porém em sua primeira temporada é encontrado doses perfeitas de divertimento e entretenimento, e mais do que isso é uma produção que realmente consegue recuperar todo o interesse daqueles que já perderam na franquia da Amazon.  A primeira temporada de Gen V está disponível na Netflix