Sem nuances e impregnado de equívocos, Resistência desperdiça a sua notável arte de construção do mundo com uma história anestesiada sobre inteligência artificial.ㅤ
Eventualmente, a cada ano que passa, parece que a ficção científica do passado está se tornando a realidade do futuro. Isto é especialmente verdade no caso da inteligência artificial, com os avanços na programação da IA levantando todos os motivos de preocupação que só aumentarão com o tempo. Em Resistência, não devemos temer a inteligência artificial e sim abraça-la como um passo na evolução humana.
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Dirigido por Gareth Edwards e co-escrito por Chris Weitz, Resistência defende que os humanos são comparáveis à IA no sentido de que somos nada mais do que o resultado da programação. Decerto, para aqueles que rejeitam essas baboseiras obcecadas pela tecnologia, Resistência será um exercício frustrante de suportar.
Assim, ambientado durante uma futura guerra entre a raça humana e as forças da IA, é estrelado por John David Washington como Joshua, um ex-agente das forças especiais que sofre com a morte de sua esposa Maya (Gemma Chan), que é recrutada pelos militares dos EUA para se infiltrar no território inimigo da Nova Ásia, caçar e matar (o esquivo arquiteto da IA avançada) e localizar a arma secreta com a qual planeja acabar com a humanidade.
O filme pró-IA que não precisamos agora
A “arma secreta” acaba por ser uma jovem IA chamada Alpha-Omega, ou “Alphie”, um milagre criada para parar a guerra e limpar o Ocidente (também conhecido como os Estados Unidos da América) dos seus pecados imperialistas.
Apesar de, feito com um verniz brilhante de design de produção no estilo Blade Runner e designs de criaturas robóticas inspirados em Star Wars. A luta contra o avanço da inteligência artificial em Resistência emula uma mensagem preocupante contra o progresso da humanidade.
Sobretudo, é confuso como seu título original The Creator, que constantemente flerta com temas religiosos ao longo do filme, nunca se envolve em discussões sobre a alma ou o papel de Deus. Talvez Edwards não pudesse ou não quisesse mergulhar nas profundezas da divindade e na sua relação íntima com a humanidade. Contudo, quando se trata de Resistência, não há pouco do que subtrair de valor genialmente emocional de uma máquina.
Resistência chega aos cinemas brasileiros no dia 28 de setembro