Perdida – Crítica

Baseado no best–seller brasileiro de Carina Rissi, Perdida é dirigido por Katherine Chediak Putnam. Texto escrito por Diego Quaglia, do site Fiz Cinema Em princípio, “Perdida”, Sofia (interpretada por Giovanna Grigio) fã de Jane Austen, vive um deslocamento no tempo. Desse modo, conduzida para um universo alternativo, ela vive dividida entre viver um grande amor nesse lugar ou a busca por retornar para casa. Confira também: Resistência – Crítica | Humano Numa era Avançada de Inteligência Artificial Baseado num best–seller brasileiro de Carina Rissi numa aposta de produção original do Star no brasil, o filme dirigido por Katherine Chediak Putnam busca emular tanto comédias românticas estadunidenses, quantos os próprios filmes que adaptam Jane Austen, esse imaginário de conto de fadas com tempero pop, moderno e levemente sarcástico. Uma exploração desse tipo é sempre bem–vinda e pode render resultados interessantes, por isso é uma pena que a estética do filme é típica de uma padronização que vemos na maioria dos filmes, que chegam nos streamings e acabam não se sobressaindo por uma falta de especificidade nesse sentido. Uma dinâmica de época dentro de um gênero novelesco Assim, como a direção de arte e o figurino parecem apenas recriações das referências citadas sem nada original, enquadramentos e planos não saem do comum. Porém positivamente os efeitios especiais funcionam e existe um timing de humor que dialogam com o carisma de Giovanna Grigio. Ela compõe Sofia espirituosa, dinâmica, e sarcástica que contrapõe algo manjado em seus diálogos, a certa inteligência em entender o ridículo que é imitir alguns dos padrões e conseguem isso gerando bons momentos. Já seu par Breno Montole impressiona pela canastrice porém não achei ambos o casal com mais química do mundo. Por outro lado, quando “Perdida” pensa em se levar a sério e ter tornar algo mais melodramático, o resultado é bastante constrangedor. É excessivamente marcado e artificial, nas atuações de um elenco bom e com nomes variados (vale o elogio da escolha da fantasia e do fato de repensar o passado para incluir representativadidade). O que diferencia “Perdida” é a maneira como administra esse artificio tanto para ridicularizar com bom–humor as batidas mastigadas, o que gera um ruído e um certo cansaço. Mas nada disso que repele ou torne desprezível a assisti-lo. Se relevando uma obra muito inofensiva e graciosa nos melhores momentos. “Perdida” estreia exclusivamente nos cinemas em 13 de julho.